SC freia a devastação da Mata Atlântica: veja os números e o que está por trás deles

Foto: Divulgação/IMA
A notícia é boa: Santa Catarina registrou uma redução de 12% no desmatamento da Mata Atlântica entre os anos de 2022 e 2023. O dado foi divulgado recentemente no Atlas da Mata Atlântica, pesquisa conduzida pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e mostra que o estado está avançando na proteção de um dos biomas mais importantes do país.
De acordo com os dados mais recentes, a área de vegetação nativa suprimida em Santa Catarina ou de 704 hectares em 2022 para 620 hectares em 2023 — o que representa uma redução de 84 hectares, ou cerca de 12%. A tendência acompanha um movimento observado em boa parte dos estados que compõem o bioma: dos 17 estados monitorados, 15 apresentaram queda no índice de desmatamento.
Apesar da redução, Santa Catarina ainda figura entre os estados com maiores áreas desmatadas, o que evidencia a necessidade de manter as políticas públicas de fiscalização ambiental, programas de reflorestamento e educação ecológica.
A Mata Atlântica e sua importância para o Norte catarinense
A região de Jaraguá do Sul está inserida em uma das áreas mais ricas da Mata Atlântica, com vegetação que cobre morros, encostas e nascentes fundamentais para o abastecimento de água e equilíbrio do ecossistema local. O bioma é essencial para a manutenção da biodiversidade, a proteção dos recursos hídricos e o controle do clima, especialmente em áreas urbanizadas como o Vale do Itapocu.
Mesmo com os avanços apontados pelo relatório, os impactos do desmatamento ainda são significativos. Para se ter uma ideia, os 620 hectares desmatados em 2023 no estado equivalem a aproximadamente 600 campos de futebol — um alerta para a necessidade de ações contínuas de proteção e recuperação da cobertura vegetal.
A redução no desmatamento tem sido possível graças ao trabalho integrado de monitoramento por imagens de satélite, vistorias técnicas e uso de tecnologia de georreferenciamento. O Atlas da Mata Atlântica, que divulga esses dados anualmente desde 1989, é considerado uma das ferramentas mais confiáveis para acompanhar a situação do bioma.
Em Santa Catarina, o combate ao desmatamento conta com o apoio da Fundação do Meio Ambiente (FATMA), da Polícia Militar Ambiental e de organizações não governamentais. O envolvimento da sociedade também tem feito diferença, com o crescimento de projetos de educação ambiental, ações de reflorestamento e a ampliação de áreas protegidas nos municípios.
Como isso impacta sua vida?
A redução no desmatamento da Mata Atlântica em todo o estado ajuda a garantir mais qualidade de vida para a população. Com mais áreas verdes preservadas, há menos risco de enchentes, maior proteção das nascentes e equilíbrio do clima local. Preservar esse patrimônio natural é proteger a saúde, a economia e o futuro das próximas gerações na nossa região.
Maria Eduarda Günther
Jornalista em formação na FURB, nascida em Jaraguá. Cresci entre filmes, livros e peças teatrais. Após criar conteúdo para redes socias sobre Formula 1 e esportes descobri a paixão por jornalismo e a área de comunicação. Nunca perco a oportunidade de conhecer novos lugares e novas histórias por ai.