Cotidiano | 09/06/2025 | Atualizado em: 09/06/25 ás 16:33

Pontes pênseis que serão restauradas resgatam a história de Jaraguá do Sul

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Ponte pênsil Emílio Meier em Jaraguá do Sul, localizada entre Jaraguá Esquerdo e Barra do Rio Molha, cercada por vegetação

Ponte pênsil Emílio Meier, entre os bairros Jaraguá Esquerdo e Barra do Rio Molha, será restaurada com preservação de suas características originais. Foto: Captura Google Maps

A Prefeitura de Jaraguá do Sul deu início ao processo de restauração de duas pontes pênseis tombadas como patrimônio municipal: a Emílio Meier e a Pedro Picolli. As estruturas serão revitalizadas com foco na preservação da arquitetura original e na segurança dos pedestres. O investimento previsto é de R$ 659.057,60 e o prazo de execução é de 180 dias após o início das obras.

Pontes ligam bairros e seguem em uso diário pela população

A ponte Emílio Meier, construída em 1998, liga os bairros Jaraguá Esquerdo e Barra do Rio Molha, com extensão de 61,95 metros. Já a ponte Pedro Picolli, inaugurada em 1972, conecta os bairros São Luís e Barra do Rio Cerro, com 61,10 metros de comprimento. Ambas seguem sendo utilizadas para travessias diárias por moradores das regiões.

Estruturas fazem parte da história urbana de Jaraguá do Sul

As pontes pênseis representam um período significativo da mobilidade urbana jaraguaense. Em décadas anteriores, o município chegou a contar com mais de 20 estruturas desse tipo, especialmente em áreas de menor infraestrutura. Muitas delas foram desativadas ou estão em estado precário.

Com a revitalização das pontes Emílio Meier e Pedro Picolli, o município resgata parte de sua paisagem urbana e valoriza um modelo de travessia que marcou o cotidiano da população. As obras buscam manter as características arquitetônicas originais das estruturas.

Pontes históricas que marcaram gerações em Jaraguá do Sul

Ponte pênsil Jacob A. Emmendoerfer, conhecida como Ponte do Baependi, foi restaurada. Foto: PMJS

A Ponte do Baependi, construída em 1970 sobre o rio Itapocu, foi oficialmente inaugurada em 31 de março de 1971, com bênçãos do Padre Elemar Scheidt. A estrutura conecta a rua Miguel Salai, no Centro, à rua Ney Franco, no bairro Baependi. Tombada como Patrimônio Histórico, a ponte homenageia o comerciante Jacob Alfredo Emmendoerfer, que chegou ao município em 1912. É considerada um símbolo da história urbana de Jaraguá do Sul e também ou por restauração em 2024, assim como a ponte do Garibaldi.

A ponte da WEG e a travessia de uma época

Ponte pênsil Ilha da Figueira-Vila Lalau era caminho mais rápido para chegar à Weg nas décadas adas Foto: Simulação IA/JDV

No bairro Ilha da Figueira, uma ponte localizada na atual rua Victor Bauer (Via Verde) fazia a ligação com a rua Geraldo Harnack, na Vila Lalau. Por muitos anos, era o caminho mais rápido para moradores que trabalhavam na WEG, e embora não exista mais, antes da existência das pontes Antônio Ribeiro (Trabalhador) e Marly Baumer. Atualmente, há pedidos para que novas localidades sejam contempladas com esse modelo de ligação entre bairros — como ocorre na região do Jaraguá 99.

Documentação histórica é escassa

Embora sejam relevantes para a história da cidade, há pouca documentação sobre as pontes pênseis de Jaraguá do Sul. Muitas imagens antigas não possuem identificação e a ausência de registros oficiais dificulta o mapeamento completo desse patrimônio. A intervenção atual colabora para que parte dessa memória seja preservada.

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