Economia | 16/05/2025 | Atualizado em: 16/05/25 ás 15:38

A evolução do pôquer – Coisas surpreendentes que você não sabia sobre pôquer

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O pôquer nasceu ainda no século XIX, atravessou saloons enfumaçados, inspirou matemáticos, ganhou status de “esporte da mente” e, hoje, movimenta cifras que já fazem inveja a muitos setores tradicionais da economia no mundo. Basta lembrar que o mercado global de pôquer online foi avaliado em $86,3 bilhões de dólares em 2023 e deve mais que dobrar até 2031, crescendo a 13,6% ao ano.

Esse é um ritmo superior ao do próprio setor de apostas online. E no Brasil, o impacto não é menor. Quando o BSOP Millions 2024 encerrou suas mesas no WTC Sheraton, em São Paulo, havia distribuído mais de R$95 milhões em prêmios, recorde absoluto da América Latina e terceira maior premiação esportiva do país, atrás apenas do Brasileirão e da Copa do Brasil.

Cifras desse porte explicam por que o jogo deixou de ser mero atempo para se tornar ativo econômico importante. Embora a variante Texas Hold’em seja hoje onipresente em streams e grandes torneios, foi o tradicional poker 5 cartas que primeiro popularizou a experiência de blefar, controlar a banca e precificar o risco de cada aposta.

Há consenso de que foi justamente esse formato, de regras simples e mãos fechadas, que viabilizou o pôquer como “moeda social” nos barcos‐cassino do Mississippi e, depois, como fenômeno cultural exportado dos Estados Unidos para o mundo. A influência persiste, gerações de amadores construíram repertórios que, décadas mais tarde, sustentaria a explosão do Hold’em na TV.

Outra razão para prestar atenção no fenômeno é a base de praticantes. Estimativas da Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) indicam que já são mais de 12 milhões de jogadores ativos no país, gente que se reúne em clubes, aplicativos ou nos grandes festivais itinerantes que percorrem capitais turísticas.

O total supera a população de Portugal e coloca o Brasil no pódio das nações que mais registram inscrições em eventos globais. Esse contingente movimenta hospedagem, aviação, streaming, patrocínios e, claro, uma indústria de software cada vez mais especializada na experiência de torneios virtuais.

O salto de escala fica evidente nos últimos balanços do circuito nacional. Só o BSOP Millions reuniu 26.408 inscrições de 42 países e pagou R$3,5 milhões ao campeão do torneio The Legends, valor recorde em solo brasileiro. Na prática, isso significa que o pôquer já distribui premiação individual semelhante à de eventos de elite do surf ou do atletismo.

Porém, a vantagem econômica de ocupar centros de convenções em períodos de baixa sazonalidade turística. Já o futuro do pôquer aponta para algoritmos, criptoativos e inteligência artificial. Em 2017, o supercomputador Libratus derrotou quatro profissionais durante 120 mil mãos de Heads-Up, vencendo o equivalente a $1,76 milhão de dólares em fichas.

Demonstrando, assim, que máquinas já superam humanos em jogos de informação imperfeita. Sete anos depois, a IA alimenta plataformas de análise de range e decisões quase em tempo real, enquanto torneios nativos de blockchain ganham corpo.Prova disso é a série Crypto Series of Online Poker (CSOP Spring 2025) com pagos em USDT que começou em 11 de maio. Conta com $2,5 milhões de dólares garantidos em 86 eventos.

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